O que é poliomielite e paralisia infantil?
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil quando ataca crianças, é uma infecção viral causada pelo poliovírus. A doença pode ser moderada ou severa. Nos casos mais graves a poliomielite pode levar à paralisia e morte.
Com que idade pode-se contrair poliomielite e paralisia infantil?
Pessoas de todas as idades podem contrair poliomielite, embora crianças pequenas sejam mais freqüentemente afetadas (paralisia infantil).
A contaminação acontece através do contato fecal – oral, ou pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados. Uma pessoa infectada pelo vírus pode ou não desenvolver a doença. Porém, todas as pessoas infectadas, tanto as que apresentaram sintomas, como as que não, expulsam o vírus em grande quantidade, através das fezes. Em locais sem as mínimas condições sanitárias, a transmissão da doença é certa, sendo que as crianças, por ainda não terem hábitos de higiene, são as vítimas mais constantes.
Como o vírus é adquirido via oral, já na garganta e intestinos há a multiplicação viral. Em seguida, o vírus é disseminado através da corrente sanguínea, podendo atingir o sistema nervoso.
Como a poliomielite se espalha
A poliomielite não se espalha facilmente em comunidades com altas taxas de vacinação. Quando o poliovírus se espalha isso geralmente acontece dentro do lar. O vírus pode se propagar através de contato com objetos, privadas ou mãos. Em pessoas não vacinadas também é possível que o vírus da poliomielite se espalhe através de secreções respiratórias.
Sintomas da poliomielite
Na maioria dos casos, pessoas infectadas com o poliovírus não se sentem doentes. Algumas vezes o vírus pode causar sintomas parecidos com os da gripe pode alguns dias ou uma combinação de febre, mal-estar, sonolência, dor de cabeça, dor muscular, corpo dolorido, náusea, vômito, diarréia ou constipação, e dor de garganta. Em aproximadamente 4% dos casos, a poliomielite causa meningite, uma infecção nos revestimentos do cérebro. Em menos de 1% dos casos de poliomielite há paralisia que torna difícil mover um ou ambos os braços e pernas, e mais raramente, os músculos respiratório
Quando os sintomas da poliomielite aparecem depois da infecção?
Os sintomas da poliomielite geralmente aparecem de 6 a 14 dias depois da infecção pelo vírus, mas há casos em que demoraram só 3 dias ou mais de 35 dias.
Como e por quanto tempo a pessoa pode transmitir a poliomielite?
A poliomielite é altamente infecciosa. Somente humanos podem contrair poliomielite. Pacientes são mais infecciosos de 10 dias antes a 10 dias depois do aparecimento dos sintomas. Porém, pacientes podem espalhar a poliomielite pelo tempo que o vírus estiver no intestino e saliva. O vírus pode ser encontrado na saliva de pacientes por aproximadamente 1 semana depois do aparecimento dos sintomas e no intestino por 3 a 6 semanas.
Infecções passadas de poliomielite fazem a pessoa ficar imune?
Há três tipos de poliovírus. Infecção por um desses tipos ocasiona imunidade para toda a vida para esse tipo específico, mas não necessariamente para os outros tipos.
Tratamento para poliomielite
Não é remédios nem antibióticos específicos que sejam eficientes contra o poliovírus. Pessoas que contraem poliomielite precisam de atenção médica para avaliar as complicações potenciais da doença e para reabilitação.
A complicação mais séria da poliomielite é a paralisia, que geralmente afeta as pernas. A paralisia dos músculos usados na respiração e deglutição pode ocasionar morte.
Vacina para poliomielite
Existem dois tipos de vacina contra poliomielite: a oral com vírus vivo e a injetável com vírus inativo. A vacina oral para poliomielite é dada em gotas na boca. A vacina injetável é dada na perna ou braço. A programação de vacinação recomendada para crianças é de de um total de 4 doses dadas com 2 e 4 meses de idade, entre 6 e 18 meses de idade, e com 4 anos.
Existem duas vacinas anti poliomelite. A mais conhecida é a Sabin, que é ministrada via oral. No Brasil, a Sabin faz parte do calendário básico de vacinação, e é administrada aos 2, 4, 6 e 15 meses de vida da criança. Além disso, anualmente são realizadas campanhas de vacinação em nível nacional, quando são vacinadas crianças até 5 anos.
A outra vacina existente é a Salk. A Salk foi desenvolvida e já era utilizada antes da Sabin. Atualmente, ela é utilizada nos países onde a paralisia já foi totalmente erradicada, e nos casos de pessoas imunodêficientes (como as com HIV).
Prevenção da poliomielite
A única forma eficiente de controlar a poliomielite é manter a maior taxa possível de vacinação na comunidade.
Tratamento da poliomielite
Como acontece em muitas doenças por vírus, não há tratamento específico, somente cuidados gerais, como repouso rigoroso nos primeiros dias, o que reduz o risco de paralisias. Deve-se tratar a dor e a febre e as complicações que surgirem.
Franklin Delano Roosevelt, presidente dos EUA de 1933 a 1945, foi a vítima mais famosa da poliomielite
A complicação mais grave da poliomielite e que causava a morte era o comprometimento do sistema nervoso na região do bulbo e da medula responsáveis pela respiração. O acometimento desses centros levava à paralisia da musculatura respiratória e morte.
A solução veio com a invenção do pulmão de aço, um aparelho de ventilação que funcionava com pressão positiva externa que permitia às crianças continuarem respirando. Muitas crianças cresceram ligadas ao pulmão de aço e permaneceram ligadas a eles por décadas até a morte - em geral por infecções respiratórias.
A vítima mais famosa da poliomielite foi o presidente dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt que governou o país por quatro mandatos de 1933 a 1945.
A situação da poliomielite no Brasil
A poliomielite foi considerada erradicada no mundo e no Brasil em 1994, 19 anos depois de a epidemiologia da poliomielite ter começado a ser estudada no Brasil. Até a década de 1980, como a cobertura vacinal era muito baixa, a poliomielite era muito freqüente no país (em torno de 2.300 casos por ano). A partir de 1980, o Brasil passou a utilizar a estratégia das campanhas de vacinação com mudança desse quadro. O número de casos confirmados começou a cair muito acentuadamente a partir do início da década de 80 chegando a 45 casos notificados, em 1983. A mortalidade também caiu bastante e a letalidade (número de casos que morreram entre todos os que apresentaram a doença) ficou em torno de 14%.¬
Nenhum comentário:
Postar um comentário